Rações e suplementos para cavalos

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2 dezembro 2025 Tempo de leitura 0 minutos

Qual a melhor forragem para cavalos?

Ver um cavalo a pastar transmite serenidade, mas para ele não é apenas prazer: é uma necessidade nutricional e mental.

No blog da Pavo exploramos o papel da forragem na dieta do cavalo, o seu valor nutricional, o impacto na saúde intestinal, no equilíbrio psicológico e como escolher o tipo mais adequado para cada situação.

 

O que é a forragem e por que é tão importante?

A forragem corresponde à parte vegetal das plantas que os cavalos podem consumir. Pode ser oferecida fresca (erva) ou conservada por secagem (feno), fermentação (henolagem) ou desidratação.

A forragem constitui a base da alimentação do cavalo e deve representar pelo menos 70–80% da dieta total. Além de fornecer energia, fibra e nutrientes, contribui para o bem-estar, prevenindo problemas digestivos e comportamentos estereotipados.

 

Funções da forragem na dieta do cavalo

Aporte nutricional:

A forragem fornece energia, fibra, proteínas, vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais. A sua qualidade influencia diretamente a dieta global do cavalo, pelo que deve ser cuidadosamente selecionada.

Saúde digestiva:

A fermentação da fibra no intestino grosso, pela microbiota, é essencial para a digestão. Uma forragem adequada, combinada com o alimento concentrado, ajuda a prevenir diarreias, cólicas e laminites.

Equilíbrio mental e bem-estar:

Os cavalos necessitam de mastigar durante muitas horas por dia. A forragem, pelo volume e tempo de mastigação que exige, mantém-nos ocupados, desgasta os dentes corretamente e previne comportamentos estereotipados.

 

Tipos de forragem para cavalos: leguminosas, gramíneas e complementos

Feno

Feno seco obtido após corte e conservação das plantas por secagem natural ou mecânica. Pode ser de gramíneas, leguminosas ou misturas, e a qualidade depende do momento da colheita, armazenamento e proporção folhas/talhos.

 

Forragens de leguminosas

As forragens de leguminosas, como a luzerna ou o trevo, destacam-se pelo elevado teor em proteína, cálcio e energia. São ideais para dietas específicas, mas devem ser usadas com moderação para evitar desequilíbrios nutricionais.

 

Feno de luzerna (Medicago sativa)

  • O mais conhecido e utilizado.
  • Muito rico em proteína (até 18–20%), cálcio e energia.
  • Ideal para cavalos em crescimento, éguas lactantes ou cavalos com baixo peso.
  • Não deve ser usado como único forragem, pois o excesso pode desequilibrar a dieta.
  • Muito palatável; geralmente misturado com feno de gramíneas.

 

Feno de veza (Vicia sativa ou Vicia villosa)

  • Mais suave que a luzerna, com menor teor de proteína.
  • Frequentemente usado em misturas com aveia ou gramíneas.
  • Bom para enriquecer forragens mais pobres ou secos.
  • Pode conter mais fibra digestível que a alfafa.

 

Feno de trevo vermelho (Trifolium pratense)

  • Rico em proteína e cálcio, mas ligeiramente menos energético que a luzerna.
  • Requer secagem cuidadosa para evitar riscos de bolor.
  • Beneficia a microbiota intestinal se usado em quantidades moderadas.

 

Feno de trevo branco (Trifolium repens)

  • Menor tamanho e rendimento que o trevo vermelho.
  • Habitual em prados mistos; raramente cultivado como feno único.
  • Aporta variedade em misturas de forragens.

 

Considerações sobre forragens de leguminosas

  • Mais nutritivas, mas também mais concentradas; não devem ultrapassar um terço da forragem diária total.
  • Devem ser usadas com cautela em cavalos com problemas renais, metabólicos ou baixa exigência nutricional.
  • Recomenda-se misturar com forragens de gramíneas para equilibrar a dieta.

 

Forragens de gramíneas

As forragens de gramíneas apresentam perfil nutricional mais equilibrado e menos concentrado. São ricas em fibra, com teor moderado de proteína e energia, adequadas para a maioria dos cavalos.

 

Feno de festuca (Festuca arundinacea)

  • Fibra longa, boa palatabilidade.
  • Proteína moderada.
  • Bem tolerado pela maioria dos cavalos.
  • Pode conter mais lignina se colhido tardiamente.

 

Feno de dáctilo (Dactylis glomerata)

  • Muito digestível.
  • Rico em fibra digestível.
  • Boa opção para cavalos com necessidades energéticas médias.
  • Pode ter caules mais duros se colhido maduro.

 

Feno de ryegrass (Lolium perenne ou multiflorum)

  • Palatável e com boa qualidade nutricional.
  • Comum em prados mistos.
  • Níveis aceitáveis de proteína.
  • Pode conter mais açúcares solúveis; atenção em cavalos com risco metabólico.

 

Feno de timothy (Phleum pratense)

  • Muito valorizado em países anglo-saxónicos; cada vez mais frequente em Portugal.
  • Alta qualidade, digestibilidade excelente, aroma suave.
  • Baixo teor de açúcares, ideal para cavalos com laminites ou síndrome metabólico.
  • Preço mais elevado, sobretudo se importado.
  •  

Feno de bromo (Bromus inermis)

  • Textura agradável e perfil nutricional equilibrado.
  • Pouco comum, mas presente em algumas misturas.
  • Bem aceite pelos cavalos.

 

Feno de aveia (Avena sativa)

  • Apesar de ser um cereal, inclui-se frequentemente como gramínea.
  • Menos fibroso, mais energético.
  • Pode conter espigas, aumentando o teor de amido.
  • Mais indicado como complemento que como base de forragem.

 

Forragens de prado

  • Misturas naturais ou cultivadas de gramíneas e, por vezes, leguminosas como trevo ou luzerna.
  • Melhoram a qualidade nutricional e palatabilidade.
  • Valor depende do momento de corte, proporção folha/caule e secagem.
  • As folhas aportam mais nutrientes; os caules mais fibra não digestível.

 

Outros tipos de forragem e complementos

Erva verde

  • Alta percentagem de água, muito digestível.
  • Sozinha raramente é suficiente (quantidade e qualidade).
  • São necessários mais de 70 kg por dia para um cavalo de 500 kg.
  • Requer boa gestão do prado.
  • Geralmente combinada com outros forragens e concentrados.

 

Henolagem

  • Forragem fermentada, alta humidade, baixo pó; ideal para cavalos com problemas respiratórios.
  • A sua produção e conservação exigem rigor.
  • Deve ser consumida rapidamente após abertura.

 

Polpa de beterraba

  • Considerada “superfibra”: alta digestibilidade (80%) e fornece energia sem amido.
  • Não deve ser usada como única fonte de fibra.

 

Palha

  • Pouco nutritiva, rica em lignina não digestível.
  • Baixo valor nutricional e risco de impacto intestinais.
  • Não recomendada como alimento; útil apenas como cama.

 

IMPORTANTE:

Se um cavalo for alimentado apenas com forragem, é necessário fornecer um suplemento equilibrador para suprir carências. Os nossos produtos recomendados são: Pavo Vital (suplemento granulado) e Pavo DailyFit (suplemento em pastilhas).

 

Fibra: a chave invisível da forragem

O que é a fibra?

É um tipo de hidrato de carbono estrutural presente nas paredes celulares das plantas.

Fibra digestível: fermenta no intestino grosso, gerando energia sob a forma de ácidos gordos voláteis.

Fibra não digestível: não fermenta, mas ajuda o trânsito intestinal.

 

Benefícios da fibra na dieta do cavalo:

  • Mantém uma microbiota intestinal saudável.
  • Fornece energia de libertação lenta sem excitar o cavalo.
  • Atua como reservatório de água no intestino.
  • Estimula mastigação, salivação e desgaste dentário.
  • Reduz o risco de úlceras gástricas.

 

Quanta forragem deve comer um cavalo?

A quantidade mínima recomendada de forragem é de 1,5% do peso corporal em matéria seca. No entanto, a forragem não é totalmente seca — contém sempre alguma humidade: no caso do feno é cerca de 10%, enquanto a erva verde tem percentagens muito superiores.

 

Na prática:

Para um cavalo com 500 kg:

  • Necessita de, no mínimo, 7,5 kg de forragem em matéria seca
  • Considerando 10% de água no feno → o equivalente a cerca de 8,3 kg de feno “tal como está”

 

Regra prática: “a regra do “x2” para feno

Para simplificar cálculos no dia-a-dia, multiplicar por 2 o número de centenas do peso do cavalo

Exemplo: Um cavalo de 500 kg → 5 × 2 = 10 kg de feno por dia

 

Como melhorar a qualidade da forragem

Quando a forragem disponível não é suficiente ou não tem a qualidade desejada, é possível recorrer a substitutos ou complementos.

Substitutos de forragem da Pavo:

  • Pavo FibreBeet – mistura de luzerna e polpa de beterraba; melhora o valor do forragem base.
  • Pavo SpeediBeet – polpa de beterraba de alta digestibilidade com redução de açúcar.
  • Pavo FibreNuggets – forragem prensada de alta qualidade para reidratar.
  • Pavo FibreNuggets Hard – forragem prensada de alta qualidade sem necessidade de hidratação.
  • Pavo DailyPlus – mistura rica em fibras longas que estimula a mastigação.
  • Pavo SeniorFibre – para cavalos idosos ou com problemas dentários.
  • Pavo WeightLift – ideal para cavalos com baixo peso ou em treino exigente.

 

Qual é a melhor forragem para cada tipo de cavalo?

Depende sempre do estado e das necessidades individuais:

Éguas gestantes ou lactantes: maior aporte de proteína e cálcio → incluir alfafa

Cavalos com asma: heno-silagem ou forragens sem pó

Cavalos nervosos: evitar amido, preferir superfibras

Poldros em crescimento: forragens nutritivas com bom equilíbrio cálcio-fósforo

Cavalos em manutenção: feno de boa qualidade é suficiente

Cavalos idosos: forragens de fácil mastigação e digestão

 

Conclusão — Sem boa forragem, não há boa dieta

A forragem não é um simples enchimento. É a base de uma dieta equina equilibrada, segura e adaptada às necessidades de cada animal. A escolha da quantidade, qualidade e tipo de forragem tem impacto direto na saúde, desempenho e bem-estar do cavalo.

Quando a forragem disponível não é adequada, a dieta pode ser otimizada com recurso a substitutos específicos. A Pavo dispõe de uma gama desenvolvida precisamente para estas situações — porque cada cavalo merece a forragem certa.